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  • Foto do escritorDra Regina Chamon

Tudo o que você pode (e deve) perguntar sobre Medicina Integrativa


O QUE É?

Como o próprio nome indica, é uma medicina que busca a integração do paciente, ou seja, uma visão global e completa sobre o indivíduo. São levados em consideração corpo, mente e espiritualidade. O que isso quer dizer? Que uma enfermidade, seja ela física ou psicológica, pode ser avaliada e tratada a partir de diferentes processos baseados tanto na medicina tradicional quanto nos métodos complementares seguros e eficientes, dando ênfase ao que desencadeou a doença e não só ao controle dos sintomas causados por ela.

O Cuidado Integrativo não é coisa só de médico: enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e demais profissionais da saúde precisam levá-la em consideração no atendimento aos seus pacientes e trabalhar em conjunto.

Muitos especialistas acreditam que desequilíbrios mentais e emocionais geram doenças. Assim como enfermidades físicas podem desencadear uma série de complicações psicoemocionais, como depressão e ansiedade. Dessa forma, a Medicina Integrativa busca restabelecer o paciente cuidando de todas as dimensões da sua existência.

Nesses procedimentos são aliados tanto remédios alopáticos e tratamento tradicionais como cirurgias e fármacos, quanto outras formas de cuidado como massagens, florais, aromaterapia, fitoterapia, homeopatia, Yoga, meditação, acupuntura, acompanhamento psicológico e várias outras técnicas com evidência científica de eficácia e que não causem riscos à saúde.

Nessa abordagem, o equilíbrio da dieta e a escolha correta dos alimentos também ganham destaque central, ainda que a doença não esteja, a princípio, relacionada com a alimentação do paciente. O que importa, no final das contas, é permitir que o paciente tenha qualidade de vida e bem-estar.

É importante lembrar que a medicina tradicional não perde seu posto, sendo ainda muito importante não só em crises e situações de emergência como em todo processo de tratamento de enfermidades.

POR QUE TEM SE FALADO TANTO SOBRE ELA?

A expansão da Medicina Integrativa e seu sucesso vêm graças aos resultados alcançados quando diferentes procedimentos são alinhados para promover o restabelecimento dos pacientes. A partir da visão de uma cura mais ampla, os resultados são mais eficazes.

Os procedimentos complementares estão sendo inseridos como apoio inclusive no tratamento de patologias crônicas e graves, como o câncer e os problemas cardíacos e respiratórios.

Com o auxílio de práticas que vão cuidar da mente, da espiritualidade e das emoções do paciente, todo o processo de controle da enfermidade fica mais tranquilo. Quando somadas aos procedimentos da medicina tradicional, as técnicas integrativas e complementares atuam muito na prevenção de doenças, manutenção da qualidade de vida alcançada e promoção de saúde.

O que está em jogo são outras visões de cura, doença e saúde. Curar é um processo que deve partir também do paciente, e saúde é um estado de equilíbrio e bem-estar que vai muito mais além do que a falta de uma enfermidade física aparente.

O QUE MUDA NA RELAÇÃO ENTRE PROFISSIONAIS E PACIENTES?

A Medicina Integrativa traz mudanças na relação entre os profissionais da saúde e seus pacientes. Isso por que a relação deixa de ser apenas específica (tratar uma bronquite, por exemplo) e passa a ser mais terapêutica (quando ela surgiu, em que momentos atacam e quais técnicas aliviam os sintomas?). O foco sai da doença e passa a estar no indivíduo.

Isso exige dos profissionais um olhar mais aguçado e treinado, por que a demanda não é mais a cura de uma doença, mas a criação de um ambiente de bem-estar para o paciente. Nesse sentido, é preciso saber ouvir e construir com o paciente o caminho ideal para a solução dos seus problemas.

Conhecer o sujeito, suas queixas, seu estilo de vida, o meio em que está inserido, sua realidade econômica e cultural é parte desse movimento de enxergar o indivíduo em sua totalidade. Isso não significa que o médico ou enfermeiro se torna um psicólogo, e sim um profissional que saiba ouvir, indicar e encaminhar seus pacientes para outros tipos de terapia.

QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS?

Além das melhoras físicas, o principal benefício da medicina integrativa é criação de qualidade de vida para a pessoa, ainda que sua enfermidade seja complicada.

Quando as práticas complementares estão de acordo com os princípios, crenças e filosofias dos pacientes, elas geram sentimentos de prazer, alívio e esperança. Diferente de procedimentos padrões, essas práticas são feitas com gosto e vontade pelo paciente, o que faz toda diferença nos resultados. Afinal, uma pessoa feliz tem muito mais chances de recuperação.

Outro benefício importante é o desenvolvimento da percepção do próprio paciente de que ele é responsável pelo seu tratamento, ou seja, o despertar para a percepção de si e a responsabilidade de se cuidar. Através dessas técnicas complementares, o paciente deixa de ser “passivo” em relação ao seu processo e se engaja com mais determinação e disciplina. Dessa forma, percebe que só ele mesmo é capaz de construir interna e externamente um ambiente favorável à manutenção da sua saúde.

Por meio da junção entre o saber médico convencional e todo seu aparato com os conhecimentos tradicionais que vêm de culturas e povos ancestrais, a enfermidade toma uma outra dimensão e é encarada com outra postura tanto pelo profissional quando pelo paciente. Curar tornar-se um processo mais integrado e saúde uma construção contínua.

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